quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O banho na terra de Napoleão, Voltaire e Zidane


Estatísticas da França são tão confiáveis quanto seus perfumes, sabe-se que apenas metade dos franceses toma banho diariamente. Banho? Um banho seco, a bem da verdade. Se eles usam toalha? Sim, aquela pequena, de rosto. Dou o nariz a torcer, os franceses se lavam – atrás das orelhas, nas axilas e partes pudendas.

Como os franceses tomariam banho se na França não há chuveiros, mas somente duchas em forma de telefone? Se algo eles fazem por prazer é comer. Pudera, basta sentir o cheiro do queijo. Não é à toa que o personagem Asterix faz tanto sucesso por lá, o gaulês defende a aldeia contra a invasão do Império do Banho.

Os livros de história registram que Luís XIII tomou seu primeiro banho aos sete anos e a banheira que Luís XIV mandou instalar no palácio de Versalhes foi transformada em fonte de jardim por falta de uso. Se os reis não tomavam banho, o que dizer dos plebeus?

No filme O Último Tango em Paris, Maria Schneider deitou-se numa banheira. Mas os franceses terão de admitir: o que marcou não foi o uso do sabonete, e sim o da manteiga por Marlon Brando.

É fato, o banho nunca esteve com essa bola toda na terra de Napoleão, Voltaire e Zidane. Ah, Zidane... Na final da Copa de 98, quando você levantou os braços naquele escanteio, nossa zaga nem se mexeu. O importante é que vencemos no consumo de sabonete, nós somos os campeões mundiais em número de banhos por dia, a taça do banho é nossa!

acoelhof Fortaleza (acoelhof@gmail.com)