quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ueba! Neymar é um capeta!

José Simão  FSP 15/12




Ueba! Neymar é um capeta!

E sabe o que eu vou dar de Natal pro Serra? Aquele livro "A Privataria Tucana". Muita ilha fiscal!

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Goro! Goro do Neymar!

Como se fala gol em japonês? Goro! Se for japonês de Barretos, é gor mesmo! Neymar deixa japonês de olho arregalado.

Esse menino é um capeta. Com aquele penteado Repuxo de Bidê! Mamute da "Era do Gelo". Ele é mais magro que um fio de miojo.

Aliás, o Neymar entrou num prato de miojo pensando que era suruba! Rarará!

E sabe como se chama Viagra no Japão? AJINOMORTO!

E o que um santista falou pro japonês? A minha vuvuzela é maior do que a sua!

E japonês é como brasileiro: gosta de andar em penca! Tudo zunto!

E no Brasil é bom porque tem japonesa loira e bunduda! Eu tenho um amigo americano que ficou pasmo: "Mas aqui no Brasil japonesa é loira e bunduda".

E o goleiro japonês se chama Inada. Lá vem o Neymar, vamos, defende, Inada. Lá vem o Borges, vai, defende, Inada! Rarará!

E ainda bem que o Santos ganhou! O Datena falou que, se o Santos perdesse, ele ia ficar pelado!

E adorei aquele jogador japonês, Kudo. Daria uma bela dupla com o Neymar: Kudo Neymar. Rarará!

E sabe o que eu vou dar de Natal pro Serra? Aquele livro "A Privataria Tucana". Muita ilha fiscal! Na internet tão chamando os tucanos de Piratas do Caribe. Rarará!

E um amigo me disse que o Serra é o único político que, mesmo sem cargo público, a rejeição aumenta!

E, se você entrar numa livraria em Higienópolis (zona oeste de São Paulo) e pedir o livro "A Privataria Tucana", você sai fichado. Rarará!

E olha o que um cara escreveu no meu Twitter: "Caminhão carregado de laranjas tomba em Catanduva", pensei que fosse uma caravana do PT! Rarará!

E o Milton Neves no Japão? Boneco de Olinda vai ao Japão! Rarará! É mole? É mole, mas sobe!

E mais uma da série Os Predestinados. O goleiro do Japão se chama Inada, a dona de uma imobiliária em Ribeirão Preto se chama Zenaide Morando, um carro explodiu na semana passada em Salvador e o motorista se chamava Bomba!

E o carteiro daqui da rua deixou um cartão pedindo caixinha. Sabe como é o nome do carteiro? POMBO! Rarará!

Nóis sofre, mas nóis goza!



Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Brasília: vergonha e vexame internacionais



Repassando, com tristeza. Não precisamos disso. Brasília é uma cidade que se supera sempre, apesar dos políticos irresponsáveis e corruptos - honrosas exceções.
Aurora

PS: infelizmente, não sei a fonte. A confirmar.




Brasília foi vergonhosamente reprovada no primeiro teste de um evento internacional de esportes.
Sede de sete jogos da Copa do Mundo e recentemente eleita para receber as Olimpíadas Escolares Mundiais (Gymnasiade), em 2013, e candidata à Universíade de 2017, o governo do Agnelo Queiroz fracassou ao acolher o Campeonato Mundial de Patinação Artística.
O evento, com 1.080 atletas de 36 países – China, Estados Unidos, Itália, Nova Zelândia, Alemanha, Holanda, França, Índia, Austrália, Brasil etc – de ontem até o dia 27, na capital da República, tem uma infraestrutura que envergonha brasilienses e brasileiros diante dos visitantes.

Água
O treino da tarde de ontem e da manhã desta terça-feira foram suspensos. Brasileiros e estrangeiros ajudaram a espalhar baldes na pista de 46x27m, devido às goteiras na cobertura do principal ginásio da cidade, o Nilson Nelson, com capacidade para 25 mil pessoas.
Chamada para socorrer o evento de um festival aquático a empresa responsável se negou realizar o trabalho. O governo do Distrito Federal não pagou o último conserto da cobertura. Calote.
Os sanitários do ginásio são do nível de mercado público: sujos, fedorentos, quebrados, paredes riscadas, portas quebradas. Garotas de algumas delegações perguntavam aos seguranças – que não entendiam o idioma estrangeiro – “onde encontrar papel higiênico”, me relatou a mãe de uma atleta, vermelha de vergonha com o que assistiu.

Orçamento
O mundial de patinação – modalidade que tem no gaúcho Marcel Stürmer tricampeão pan-americano o expoente nacional – estava marcado para Blumenau (SC). O ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, pediu para trazer o evento para Brasília, e ofereceu “apoio” aos dirigentes.
Um projeto de R$ 4 milhões foi aprovado pela Lei de Incentivo ao Esporte, mas nenhum tostão foi captado. E começaram as despesas e dificuldades.
Os R$ 600 mil que viriam do Ministério do Esporte ficaram na promessa e os problemas cresceram com o desinteresse explícito do Governo do Distrito Federal.
Para transportar 1.800 atletas entre os hotéis e o local da competição, Agnelo Queiroz autorizou um ônibus e uma Van. E ainda cobrou R$ 6 mil pelo aluguel do ginásio com goteiras e instalações imundas.

Serviços
No local do evento, o vistoso Ginásio Nilson Nelson, no Eixo Monumental, não há uma só referência ao Campeonato Mundial que reúne os maiores patinadores do mundo, entre eles os favoritos italianos.
Estados Unidos, Argentina e Brasil completam o TOP da modalidade. As delegações estão sem apoio turístico, pois assim como a Secretaria de Esporte e a de Cultura, também a de Turismo ignorou o Mundial, que reúne dois mil estrangeiros em Brasília por duas semanas.
Um bar com lanches de qualidade duvidosa era visto sob suspeitas por dirigentes, técnicos e atletas estrangeiros, que ali buscavam algum alimento, antes da abertura do evento.
O vice-presidente da Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação, Alexandre de Almeida Filho, está atônito. “Este Campeonato Mundial poderia ser um evento teste para Brasília, pois aqui estão atletas, técnicos, árbitros e dirigentes de 30 nacionalidades”, lamentou o dirigente, numa tristeza evidente ao apresentar Brasília diante do mundo da patinação.
Voluntárias, mães de atletas supriram com dificuldades a falta de estrutura que o Governo de Agnelo Queiroz não ofereceu ao evento. Elas prepararam, por exemplo, as placas com nomes dos países, que foram usadas no desfile das delegações.
Alguns pais de atletas de cotizaram e socorreram a CBHP, além de US$ 50 mil da Federação Internacional da modalidade, para as despesas emergenciais.
Na delegação brasileira os problemas não são menores. Para representar o país, cada atleta precisou pagar R$ 500,00 pelo uniforme da competição. Mas somos um país olímpico...
Brasil, o país da Copa 2014 e da Olimpíada 2016 é amador na estrutura governamental do esporte, e expõe isso vergonhosamente aos estrangeiros que nos visitam.
Na sede do poder da República e do Ministério do Esporte, o vexame é internacional. Aqui, liderados pelo governador Agnelo Queiroz, secretários da Educação, Cultura, Esporte, Turismo etc foram reprovados no vestibular de um grande evento.
Pior: foram irresponsáveis, antes de serem incapazes.
Vocês nos envergonham!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Estádio do DF tem 40% das obras concluídas


Por Agência Brasil, de Brasília

As obras do Estádio Nacional de Brasília estão com mais de 40% da fase de concretagem já realizada, segundo avaliação dos técnicos do Tribunal de Contas do Distrito Federal. De acordo com o relator do processo no tribunal, Manoel de Andrade, os dados indicam a regularidade da obra. O estádio, com capacidade para 70 mil pessoas, será utilizado para jogos da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo, em 2014.

A visita faz parte do acompanhamento permanente das obras destinadas à Copa do Mundo. A cada seis meses, é feito um relatório sobre gastos e o andamento do empreendimento. O último relatório, apresentado em julho deste ano, apontou 20% da obra realizada e um custo de R$ 131 milhões. O estádio está orçado em R$ 671 milhões e, até o momento, já foram gastos R$ 180 milhões na obra.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fifa estima 10% de ingressos populares



Valor 09/11
A categoria de ingressos "populares" para a Copa de 2014 deve corresponder a apenas 10% do total de bilhetes vendidos e distribuídos para os jogos. A estimativa é do secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jérôme Valcke, que participou, ontem, de audiência pública na Câmara para discutir a Lei Geral da Copa, conjunto de regras que devem normatizar o Mundial de futebol. De acordo com o representante da Fifa, essa porcentagem representa 300 mil ingressos.

Na sessão, Valcke disse que a Fifa sugeriu a criação da Categoria 4, voltada para brasileiros idosos, estudantes e de baixa renda, com entradas que devem custar US$ 25, o equivalente a cerca de R$ 44. "Em vez de existirem diferentes grupos de meia-entrada, eu propus que implementemos uma Categoria 4 que será diferente e que será reservada apenas para os brasileiros", afirmou Valcke aos deputados.

De acordo com o secretário-geral, haverá preços especiais para os jogos de abertura e de encerramento. Valcke apontou que a presidente Dilma Rousseff debateu com a federação a questão da meia-entrada em sua visita a Bruxelas. A Fifa argumentou que há problemas técnicos para oferecer descontos para parcelas do público e, por isso, sugeriu a alternativa da criação de um grupo com ingressos mais baratos. Na sessão, o secretário afirmou que os ingressos da Categoria 1 poderão chegar a US$ 900, ou cerca de R$ 1.575.

Valcke reconheceu a tensão da Fifa com autoridades brasileiras sobre aspectos divergentes da Lei Geral da Copa. "Não há motivos para haver tensões entre nós. Ou estamos todos no mesmo barco ou não chegaremos juntos à Copa de 2014", alertou. E as divergências entre a federação internacional e o Brasil ficaram claras na audiência: parlamentares questionaram a criminalização do uso de marcas ligadas à Copa de 2014 e de ações de marketing em áreas próximas aos estádios de marcas que não sejam as dos patrocinadores, prevista no projeto da Lei Geral da Copa. Apesar de críticas, em poucos momento o clima foi de ataque aos organizadores do megaevento esportivo.

O secretário-geral da Fifa negou que as novas regras flexibilizem ou alterem normas brasileiras e firam a soberania nacional. Ele destacou que os "pedidos [feitos pela Fifa] estão de acordo com as garantias governamentais" e foram repassadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a uma comitiva do governo, ainda em 2007, quando o país foi anunciado como sede do megaevento esportivo. "Nunca pedimos garantias a mais", completou.

Valcke também deixou claro que Fifa não pretende abrir mão da prerrogativa de vender bebidas alcoólicas durante a Copa de 2014. "Não vou assumir nenhum compromisso de que álcool não será vendido [durante a Copa]. São compromissos que foram assumidos quando a [realização] Copa do Mundo foi entregue ao Brasil", afirmou.

O texto da Lei Geral retira a proibição de comercialização e consumo de bebidas alcoólicas em estádios, prevista no Estatuto do Torcedor. "A Fifa não está aqui para embebedar as pessoas", disparou. O secretário-geral da Fifa apontou que a Rússia e o Catar - próximas sedes da Copa - proíbem a venda de álcool por questões legal ou cultural e aceitaram a venda de bebida alcoólica por considerar a Copa do Mundo um evento privado.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Os escândalos em campo e a Copa do Mundo



Por Sergio Leo - Valor 31/10

Andrew Jennings, o repórter da BBC de Londres que na semana passada foi ao Congresso brasileiro repetir ao Senado as acusações de corrupção que faz contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, entre outros figurões ligados à Federação Internacional de Futebol (Fifa), mantém também uma página na Internet dedicada ao tema que já lhe rendeu dois documentários de TV: as irregularidades na Fifa. Entre as denúncias que faz está o alerta para as exigências secretas nos contratos dos países interessados em sediar a Copa do Mundo, que podem incluir custos não revelados à população.

Teixeira processa o jornalista britânico, a quem acusa de danos morais e à honra. Jennings, autor do livro "Jogo Sujo - o Mundo Secreto da Fifa", insiste que os preparativos da Copa podem sofrer um impacto negativo com a abertura de documentos sobre Teixeira na Justiça suíça, em breve. Ele levanta também uma questão importante ao chamar atenção para a maneira como os países se subordinam ao gigantesco esquema comercial montado pela federação esportiva. A excitação geral com a Copa distrai a sociedade em relação aos custos do evento, e à herança duvidosa que pode deixar, em caso de má administração.

É preocupante, por exemplo, o investimento em Brasília para construção de um megaestádio de 70 mil lugares, numa cidade onde nenhum jogo de futebol atrai público desse tamanho, e raros eventos têm essa capacidade. Na África do Sul, a última Copa deixou um legado de estádios subaproveitados, e se fala sobre a possível demolição de pelo menos um deles, pelos custos de manutenção do elefante branco. Na Cidade do Cabo, o administrador privado ameaça devolver o estádio à administração pública, se confirmada a previsão de prejuízo anual em torno de US$ 1 milhão.

Os estádios sul-africanos teriam de sustentar pelo menos 12 eventos anuais com lotação esgotada e ingressos de pelo menos US$ 30 para se tornarem autossustentáveis. Por outro lado, a antecipação de investimentos previstos em estradas trouxe um visível aumento de eficiência nos transportes do país, além do estímulo ao turismo - ainda que especialistas considerem exageradas as expectativas do governo nesse ponto.

A movimentação financeira e os empregos trazidos pela Copa são bem-vindos, especialmente num momento de incerteza econômica. Na África do Sul, a coincidência entre a crise financeira internacional e os preparativos e os jogos da Copa ajudou a minimizar no país os efeitos da desaceleração global. Mas os benefícios podem ser passageiros. Apesar de criar 130 mil empregos na construção civil com as obras de infraestrutura, os sul-africanos não conseguiram evitar a alta em suas obscenas taxas de desemprego, de quase 25% da população em busca de trabalho, 50% entre os jovens.

Com o custo estimado em torno de US$ 1,5 bilhão para a construção de estádios, a geração de 66 mil empregos nessas obras foi comparada por um centro de estudos a programa de criação de postos de trabalho incrivelmente caro. Também é limitado o efeito líquido sobre a economia. Estudo do Instituto Sul-Africano de Relações Internacionais cita avaliações que apontam um acréscimo no Produto Interno Bruto (PIB) do país entre 02% a 0,3, bem abaixo das estimativas oficiais iniciais, de 1,9% do PIB.

Inquestionável é o ganho da Fifa, que concluiu a Copa com mais de US$ 3,5 bilhões em receita livre de impostos (uma das exigências), segundo estudo do Instituto para Democracia na África (Idasa).

Orlando Silva, o ministro demitido após sucessivas denúncias de desvio de dinheiro do Ministério do Esportes para organizações não-governamentais ligadas a seu partido, o PCdoB, teve sua queda saudada pela Fifa, mas não pela faxina que provocou a demissão. O demitido era visto como um dos principais opositores ao cumprimento de condicionalidades conhecidas publicamente, como a exigência de eliminação da lei de meia entrada, a concessão de superpoderes para a CBF e a Fifa e dispositivos de marketing contrários à legislação.

Não foi pela resistência a ceder ao draconiano manual de regras da Fifa que caiu o ministro. Mas seu substituto, Aldo Rebelo, terá a incumbência de apoiar a presidente Dilma Rousseff nas duras negociações com os cartolas. Uma avaliação menos edulcorada dos reais benefícios e custos da realização da Copa do Mundo pode ajudar nessa tarefa.

Um subproduto já conhecido das Copas é seu efeito em matéria de relações públicas e imagem, para o país e para o governo. Se Dilma não conseguir manter os personagens-chave do evento fora das páginas dedicadas a irregularidades e denúncias, o efeito gerado poderá ser o oposto do que esperavam as autoridades, ao firmar com a Fifa o contrato para trazer ao Brasil um dos mais acompanhados eventos esportivos do mundo.

Sergio Leo é repórter especial em Brasília

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Oh, Minas Gerais!


LÚCIO RIBEIRO FSP 25/10

Era uma vez, uma Série A do Brasileiro sem times de MG. Ou com um único time: o Boa


Num sopro recente de felicidade incontida, os mineiros ganharam seis jogos da Copa-14, a chance de receber o Brasil numa semifinal no Mineirão, viram o América segurar a arrancada do Grêmio, acompanharam o Atlético bater o Fluminense-candidato-a-título fora e testemunharam o Cruzeiro ir atrás de uma vitória heroica, de virada, debaixo de chuva, na raça, após estar perdendo duas vezes.
Ao mesmo tempo em que tudo isso pode indicar um belo horizonte, o parágrafo acima não consegue camuflar a enrascada terrível em que os clubes de MG se meteram, por uma série de motivos, mas também devido ao chamado "custo Copa".
Numa hipótese tão bizarra quanto possível, o único representante do tradicional estado futebolístico de Minas Gerais no Brasileiro da Série A do ano que vem periga ser o... Boa. Sem Cruzeiro, Atlético ou América, este já com o bonde rumo à Série B. A situação mineira realmente não é boa. E a julgar pelas últimas rodadas da Segundona, nem para o Boa. Minas pode não ter ninguém no Brasileirão-2012 e "comemorar" o desempenho do Ipatinga, de volta à Série B e, quem sabe, do glorioso Tupi ganhando a última vaga da D para a C.
O América subiu agora e já está caindo. O Galo, que já caiu uma vez, tem se esforçado para repetir a façanha desagradável para clubes de sua grandeza. A vitória no Rio, no sábado, fez o time sair do Z4 depois de muitas rodadas.
O sempre poderoso Cruzeiro, quem diria, assíduo no G4 e vice-campeão em 2010, dormiu na zona do rebaixamento no sábado, impulsionado para baixo pelo rival. Durante a jornada do domingo, em 90 minutos, ficou no Z4, saiu, voltou e saiu. Cruzeirenses e atleticanos comemoraram suas vitórias como se fossem títulos.
Os clubes mineiros culpam a falta de estádio em BH, por causa da Copa. A grande mancada foi fechar Independência e Mineirão simultaneamente. Assim, BH ficou sem campos. Arena do Jacaré (a uns 70 km da capital), Uberlândia e Ipatinga transformaram MG em território neutro.
O ponto maior dessa bizarrice à mineira pode ser o jogo da última rodada, Cruzeiro x Atlético.
Principalmente se os dois não embalarem após os triunfos do fim de semana e dependerem da vitória para (1) escaparem do descenso, (2) um escapar e ainda empurrar o maior rival para a Série B, se (3) não puderem empatar para não caírem abraçados ou se (4) um empate "amigo" entre os inimigos salvar os dois.
Um jogo muito decisivo para não ocorrer em BH. Como os dois rivais nunca decidiram um Brasileiro, esse se tornaria o mais emocionante Galo x Raposa da história dos dois times. Emocionante às avessas, mas ainda assim...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Dilma tira poder de ministro e assume as negociações sobre a Copa de 2014




O Estado

Por decisão da presidente Dilma Rousseff, o ministro do Esporte, Orlando Silva, não será interlocutor do governo nas negociações da Copa de 2014 e na tramitação da Lei Geral da Copa no Congresso. A partir de agora, as decisões relativas à Copa ficarão centralizadas no Palácio do Planalto, nas mãos da presidente e da chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. A decisão foi tomada diante do desgaste do ministro com a denúncia de que estaria envolvido num esquema de corrupção na pasta.

Embora o futuro de Orlando ainda esteja indefinido e vá depender do desenrolar das acusações – além da consistência de suas respostas –, o certo é que ele já perdeu poder. Na prática, o ministro passará a ser informado das providências a serem tomadas no Planalto.

Dilma não está satisfeita com o trabalho de Orlando. Na segunda-feira, 17, ainda em Pretoria, na África do Sul, ela ficou irritada com o que leu na imprensa e chegou a telefonar para um auxiliar, a fim de saber quem disse que ela aprovava o trabalho do ministro. A presidente, na realidade, afirmou apenas que considerava suficientes as primeiras explicações dadas por ele em relação às denúncias de corrupção.

Logo que assumiu o mandato, em janeiro, Dilma cogitava ela mesma cuidar da realização da Copa do Mundo por considerar Orlando Silva muito próximo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na prática, a presidente nunca quis proximidade com a CBF por avaliar que a entidade exige privilégios que ela não pretende conceder.

Com as relações cada vez mais azedas entre Dilma e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira – e percebendo que, se não mudasse de postura, poderia perder o cargo –, o ministro decidiu trocar de posição. Tanto é que ajudou a presidente a convencer o ex-craque Pelé a assumir o papel de embaixador honorário do Brasil na Copa do Mundo. Foi uma forma de afastar Ricardo Teixeira das cerimônias oficiais relativas à realização do torneio de futebol.

Manobra. No sorteio dos grupos das eliminatórias para a Copa de 2014, realizado em 30 de julho, no Rio, a manobra feita por Dilma deu certo. Teixeira ficou de fora da foto oficial. Nela, apareceram o presidente da Fifa, Joseph Blatter, Pelé e Dilma.

Agora, com as denúncias do policial militar João Dias Ferreira dando conta de que Orlando teria montado um esquema de corrupção no Ministério do Esporte, a presidente decidiu assumir as negociações referentes à Copa.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Governo quer Copa com ingressos populares


Valor 10/10

O governo negocia com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) descontos substanciais no preço dos ingressos para a Copa do Mundo de 2014. O número máximo de "entradas populares" poderia ser definido, segundo apurou o Valor, de acordo com um percentual sobre a capacidade de público dos estádios ou a localização dentro das arenas - por exemplo, em áreas como as situadas atrás das balizas.

O tema foi tratado pela presidente Dilma Rousseff e o ministro dos Esportes, Orlando Silva, com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, durante sua visita a Bruxelas, na semana passada.

O subsídio aos ingressos estará no centro da discussão entre Fifa e governo marcada para esta semana no Brasil, com a diretoria jurídica da Fifa, de Zurich. A presidente quer empurrar a conta para a Fifa porque considera, segundo auxiliares, que o governo já faz sua parte ao financiar a construção de estádios e investir pesado em mobilidade urbana e na infraestrutura das cidades-sede.

Na conversa, Dilma também fechou posição de não alterar a legislação federal, como o Estatuto do Idoso, que prevê desconto nos ingressos para esse público. O governo decidiu deixar a Estados e municípios o ônus de negociar o direito à "meia entrada" para estudantes e a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Governadores e prefeitos devem ceder nesses pontos, avalia o governo federal. Assim, o desgaste não recairia sobre o Palácio do Planalto.

Como pano de fundo dessa ofensiva do governo brasileiro, está a estratégia de agradar uma fatia menos abastada do público, neutralizando a oposição contra a eventual pecha de Copa das elites. O Palácio do Planalto também avalia que a medida garantiria um público razoável em jogos de menor apelo, como um hipotético, e improvável, jogo entre Romênia e Honduras, por exemplo. Na Copa da África do Sul, em 2010, a Fifa teve que distribuir ingressos de forma gratuita por falta de interesse em alguns jogos. Na Copa das Confederações, em 2009, a Fifa distribuiu entradas para o jogo entre Espanha e Iraque, em Bloemfontein.

"É natural que haja alguns pontos de questionamentos, mas o governo acredita que é possível encontrar um caminho para atender a Fifa e, ao mesmo tempo, preservar o direito do cidadão", disse ao Valor o secretário nacional de futebol do Ministério do Esporte, Alcino Reis.

Segundo Reis, que acompanhou a comitiva brasileira na semana passada, o governo vai buscar uma forma de centralizar as decisões, mas o martelo não será batido sem ouvir cada uma das 12 cidades-sede dos jogos. "Vamos estudar agora as opiniões da Fifa. Podemos concordar com eventuais ajustes. O governo está disposto a buscar soluções nacionais", comentou.

O secretário, no entanto, minimizou efeitos práticos de novas leis que pudessem legislar sobre temas como a venda de bebidas nos estádios e a meia-entrada para estudantes. "Uma lei nacional não tem poder de substituir uma lei local. Isso não resolve. Nosso esforço é para que a Fifa compreenda isso e aceite os direitos que já foram dados a setores da sociedade."

Segundo Reis, quando o Brasil apresentou suas garantias à Fifa, a meia-entrada não foi tratada. O que estava estabelecido é que a instituição regula o preço dos ingressos, mas não os direitos locais concedidos a determinado público.

Reis também acredita numa solução pacífica para a venda de bebida nos estádios. "A experiência que se tem nas Copas é de que a comercialização de cerveja nos estádios não causa nenhum problema relacionado à segurança", disse. "Uma coisa é proibir a venda de bebidas em situações com torcidas organizadas de clubes. Outra coisa são jogos de Copa, que não têm histórico de confronto."

Na semana passada, após o encontro com a Fifa, o governo se reuniu com grandes patrocinadores da Copa, como Itaú, Visa, Ambev, Mc Donald's Oi e Coca-Cola, para fechar um plano de promoção do evento. Durante o encontro, diz Reis, o governo fez questão de deixar claro que a possibilidade de o país perder a Copa para outro país "foi absolutamente afastada".

No Congresso, pressões já começaram

Por Caio Junqueira De Brasília

O Congresso Nacional só deverá aprovar o projeto da Lei Geral da Copa em 2012, contrariando a expectativa, do governo federal e da Fifa, que a legislação já pudesse ser promulgada até o fim do ano. Sem ela, a venda de ingressos dos jogos não pode ser iniciada.

A principal razão que sustenta essa previsão - além do próprio atraso do governo em enviar a proposta para o Legislativo - é que muitos temas polêmicos envolvem o texto, e os grupos de pressão já se mobilizam na Câmara para alterá-lo ou impedir novas modificações

São três os mais lembrados, que estarão em debate na comissão especial da Lei Geral da Copa: a possibilidade que idosos e estudantes paguem meia-entrada para assistir aos jogos nos estádios; a eventual especificação e ampliação da pena para a pirataria e a "venda casada", pelas agências de turismo, de pacotes que incluam transporte aéreo, hospedagem e o ingresso das partidas - prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor.

Para cada um desses pontos, serão convocados para debater entidades e especialistas nos assuntos, que encontrarão parlamentares também ligados a cada setor. Por essa razão, a maior parte dos 26 deputados que irão compor a comissão especial é ligada a áreas específicas da legislação e, assim como os grupos de pressão, também não estão interessados em ceder. Muito menos em fazer suas bases eleitorais perderem espaço na Copa do Mundo de 2014.

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), por exemplo, um dos defensores dos idosos na Câmara, integrará a comissão e já avisou que não aceitará qualquer suspensão de direitos dos idosos no período da Copa. "Estou lá para garantir o cumprimento do Estatuto do Idoso. O time dos velhos é mais forte que o deles", disse, confrontado com a hipótese de que o trecho do estatuto, que concede meia-entrada a maiores de 60 anos, seja suspenso durante a Copa.

Já Otávio Leite (PSDB-RJ), ligado ao setor de turismo, deve focar sua atuação nessa área. "Queremos regras que facilitem o acesso do turista e preços competitivos", disse. O PCdoB confiou a Jô Moraes (MG) a tarefa de garantir a meia-entrada também a estudantes, principal base eleitoral da legenda.

O governo, contudo, escalou um dos seus vice-líderes, José Guimarães (PT-CE), para impor seus interesses. As orientações serão dadas nesta semana, pois a presidente Dilma Rousseff já voltou da viagem que fez à Europa, onde se encontrou com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. Na conversa, Dilma deixou claro que não pretende alterar a legislação federal.

O Congresso Nacional, porém, pode não aceitar isso tão facilmente. "Precisamos respeitar a soberania nacional e garantir os direitos sociais, mas também entender que o Brasil assinou um contrato com a Fifa. Temos que fazer essa legislação considerando isso", disse o presidente da comissão especial, deputado Renan Filho (PMDB-AL). Ele será auxiliado no trabalho pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da comissão e também vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF).

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Governo e Fifa discutem mudanças na Lei Geral da Copa

Valor 03/10

BRUXELAS - O governo federal aceitou hoje alterar alguns pontos da Lei Geral da Copa, cujo texto já foi enviado ao Congresso. Em uma reunião realizada em Bruxelas, a presidente Dilma Rousseff e o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ficou acertado que uma missão da entidade irá na quarta-feira da semana que vem ao Brasil para debater o assunto. Em seguida, o governo fará recomendações aos parlamentares.

Valcke, por sua vez, afirmou que não Fifa não ameaça retirar a Copa do Brasil e pedir que outro país organize o evento em 2014. Mas cobrou do governo brasileiro a manutenção dos compromissos feitos no passado.

“O nosso objetivo nesse encontro da próxima semana é oferecer eventualmente ao Congresso algumas sugestões adicionais para que a redação da lei deixe o mais claro possível os compromissos do Brasil com as garantias que foram anteriormente oferecidas”, afirmou o ministro do Esporte, Orlando Silva, após a reunião.

O ministro afirmou que o Brasil combaterá a pirataria, independentemente da realização do evento no país. Em relação a descontos nos ingressos para estudantes, disse que o governo federal não poderá interferir em leis estaduais. Caberá à Fifa conversar com os governos estaduais, acrescentou.

Por outro lado, afirmou que as restrições à venda de bebidas alcoólicas nos estádios devem-se a um regulamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e não a uma lei federal.

“No que diz respeito ao Estatuto do Idoso, que prevê um desconto para a população idosa, informamos a Fifa que não seria suspensa a legislação sobre esse tema, como não será suspensa a legislação do país em nenhum aspecto.”

Por sua vez, Valcke afirmou que o Brasil precisa entender que a Copa do Mundo é um evento específico. “Nós vamos proteger nossos parceiros comerciais, a mídia e patrocinadores o máximo que pudermos. Está claro que isso é parte da discussão”, argumentou.

O secretário-geral da Fifa disse que as demandas apresentadas pela Fifa são as mesmas feitas a outros países que organizaram o mundial de futebol. Disse estar confiante de que os estádios estarão prontos para o evento, mas mostrou-se preocupado com a infraestrutura brasileira.

“Nós vamos sempre reconhecer a importância de dar acesso à Copa do Mundo a todas as pessoas e vamos trabalhar com o governo para ter certeza de que os brasileiros terão acesso à Copa do Mundo. Fizemos isso na África do Sul”, disse Valcke.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O banho na terra de Napoleão, Voltaire e Zidane


Estatísticas da França são tão confiáveis quanto seus perfumes, sabe-se que apenas metade dos franceses toma banho diariamente. Banho? Um banho seco, a bem da verdade. Se eles usam toalha? Sim, aquela pequena, de rosto. Dou o nariz a torcer, os franceses se lavam – atrás das orelhas, nas axilas e partes pudendas.

Como os franceses tomariam banho se na França não há chuveiros, mas somente duchas em forma de telefone? Se algo eles fazem por prazer é comer. Pudera, basta sentir o cheiro do queijo. Não é à toa que o personagem Asterix faz tanto sucesso por lá, o gaulês defende a aldeia contra a invasão do Império do Banho.

Os livros de história registram que Luís XIII tomou seu primeiro banho aos sete anos e a banheira que Luís XIV mandou instalar no palácio de Versalhes foi transformada em fonte de jardim por falta de uso. Se os reis não tomavam banho, o que dizer dos plebeus?

No filme O Último Tango em Paris, Maria Schneider deitou-se numa banheira. Mas os franceses terão de admitir: o que marcou não foi o uso do sabonete, e sim o da manteiga por Marlon Brando.

É fato, o banho nunca esteve com essa bola toda na terra de Napoleão, Voltaire e Zidane. Ah, Zidane... Na final da Copa de 98, quando você levantou os braços naquele escanteio, nossa zaga nem se mexeu. O importante é que vencemos no consumo de sabonete, nós somos os campeões mundiais em número de banhos por dia, a taça do banho é nossa!

acoelhof Fortaleza (acoelhof@gmail.com)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ueba! Eu vi um Sarneycóptero!

E diz que o Itaquerão vai ficar pronto até 2012. Pra poder sediar o fim do mundo! Rarará!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada pronta direto da Líbia: "Jornalistas são transferidos para o Hotel CORINTHIA". Continuam presos. Rarará! Foram transferidos pro Itaquerão! Colchonete cinco estrelas! Aliás, diz que o Itaquerão vai ficar pronto até 2012. Pra poder sediar o fim do mundo.
E adorei a lista das mulheres mais poderosas da "Forbes": 1) Angela Merkel; 2) Hillary Clinton; 3) Dilma Rousseff; 60) Gisele Bündchen. Agora bota todas peladas e refaz a lista. Classifiquem de novo! Rarará!
E o chargista Dalcio diz que o Sarney lançou uma nova obra-prima: "Helicópteros de Fogo". E a capa é a foto de um Sarneycóptero! E o Gaddafi? O Kagadafi! Continua o leilão de caftans exóticos. Eu quero todos!
Aliás, eu quero aquele banco dourado em forma de sereia com a cara da filha do ditador. Coleção kitsch! E eu tenho uma foto do Gaddafi com aqueles caftans exóticos que tá parecendo uma drag. KADRAG. Muammar Kadrag! E o chanceler da Líbia disse que a guerra acabou. Mas os combates continuam. Adorei esta: a guerra acabou, mas os combates continuam. Rarará!
E Palestina e Israel? Esta é a realidade do Oriente Médio: toda vez que tem ameaça de paz, eles saem brigando. É muita guerra mesmo, viu! Como já dizia o filósofo Bronco Ronald Golias: a civilização não se comportou!
E o filho do Neymar devia se chamar Gansinho! Rarará! Mamãe, eu pari um ganso! Rarará! E esta do Sensacionalista: "Filho do Neymar faz dez embaixadinhas no teste do pezinho". E já foi contratado pelo Real Madrid? Agora já tão contratando brasileiro na barriga da mãe!
E sabe como se chama o matemático que analisa a queda do Grêmio para a segundona? TRISTÃO Garcia! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou como disse aquele outro: é mole, mas trisca pra ver o que acontece! Rarará!
O Brasileiro é Cordial! Mais uma placa do Gervasio na empresa dele lá em São Bernardo: "Se eu descobrir quem foi o morto de fome que comeu a minha coxa de frango e jogou o ossinho na pia, vou pegar esse ladrão de galinha e fazer ele engolir uma bola de basquete até obrar um ovo de avestruz. Conto com todos. Assinado: Gervasio".
Ueba! Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

simao@uol.com.br

@jose_simao


Mãe do filho do jogador Neymar é a mulher invisível


Enquanto alguns jornalistas apontaram que Neymar adotou o bebê e não existe mãe alguma, G17 descobriu que se trata da mulher invisível, razão pela qual ninguém viu nem verá, pois só quem vê é o Neymar.

O nascimento do bebê teve a homenagem de Zeca Pagodinho, que cantou a música: “Você sabe quem é a mãe do filho de Neymar? – Nunca vi, não ... só ouço falar”.

A mãe invisível está na foto junto com Neymar, amigos, e o filho, mas ninguém pode enxergar por um motivo óbvio: ela é invisível. No último jogo da seleção brasileira, a mãe invisível esteve nos estúdios da Globo para ver Neymar jogar. Galvão Bueno chegou a comunicar ao vivo: “A mãe invisível do filho de Neymar está aqui nos estúdios”. Arnaldo César Coelho interrogou: - “Como você sabe?”. Galvão respondeu: “Simples! Porque eu não estou vendo”.




domingo, 14 de agosto de 2011

Globopornoesportes


Os leitores muito jovens ou mais velhos do Viomundo talvez não entendam a piada.

Existe um serviço de mensagens sobre o qual vocês certamente ouviram falar, o twitter.

No twitter, as mensagens acompanhadas do #pornogloboesporte bombaram nas últimas horas.

Tudo porque, na página do Globo Esporte que acompanhava o jogo Botafogo vs. América, pelo Campeonato Brasileiro, em tempo real, na hora de um dos gols do Botafogo em vez de aparecer o vídeo do replay apareceu um vídeo pornô.

A reprodução acima — que cortamos, porque tem criança na sala — é do momento-chave.

Pode parecer um erro bizarro, mas são coisas que acontecem na internet.

Porém, os tuiteiros deitaram e rolaram com as piadas:

dgb_master Denis Guilherme
Acho que algum estagiário vai ser demitido #pornogloboesporte
carlosnataniel Carlos ✔
‘Depois de hoje o futebol nunca mais será o mesmo #pornogloboesporte twitpic.com/65rqei
cmm103019174 Comunidade CartolaFC
Alguém vai se f….. com esse incidente do #pornogloboesporte… e não vai ser a mulher do vídeo… #PrayForEstagiario
ajoota Arildo Junior
twitpic.com/65rlpp – Vai ter moleque falando pra mãe “Mãe, vou ali no banheiro ver os gols da rodada.” #pornogloboesporte
OLeoBatista Léo Batista
Para o Globo Esporte, o futebol será uma eterna pelada. #pornogloboesporte
VovoRock Vovó Rock
Aí estão os princípios editorias da Globo! twitpic.com/65qhpz #pornogloboesporte
Luisa_Stern Luísa Helena Stern
Site #pornogloboesporte veicula um video educativo, ensinando como entrar na área do adversário… rsrsrrsrs twitpic.com/65prag
OLeoBatista Léo Batista
Esse estagiário além de louco é vidente, estava prevendo que o América iria tomar de 4. #pornogloboesporte
DepreTorcidas Depre das torcidas
O gol do Elkesson foi tão bonito que os estagiários do GloboEsporte se excitaram!! #PornoGloboEsporte

Ah, sim, o jogo terminou 4 a 2 para o Botafogo.

PS do Viomundo: A dica foi dada pela Conceição Oliveira, a @maria_fro no twitter.

O que o deputado Fábio Bolsonaro disse sobre a juíza assassinada no twitter (e não foi de brincadeira)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

GOL DO DEPUTADO ROMARIO




O que Ricardo Teixeira fez com Romário não se faz.


O baixinho ajudou a classificar a seleção brasileira nas eliminatórias para a Copa de 94 e foi o principal responsável pela vitória do Brasil.


Ricardo Teixeira boicotou Romário, não o convidou para o evento do sorteio das eliminatórias da Copa realizado no Rio. Em vez do baixinho, Teixeira chamou Cafu.
O dono do futebol brasileiro quis se vingar do deputado Romário por ele ter proposto a abertura de uma CPI para investigar negócios da CBF.

O deputado federal Romário lançou um blog. E começa logo entrevistando o inimigo número um da Fifa, o repórter investigativo escocês Andrew Jennings.

acoelhof

Do blog do deputado Romário:




Jornalista Andrew Jennings concede entrevista exclusiva ao deputado Romário
O jornalista escocês Andrew Jennings é repórter investigativo há 30 anos e comanda um programa de grande audiência na TV inglesa BBC.


Depois de investigar a máfia italiana, a corrupção na Scotland Yard (policia inglesa), há 13 anos comprou uma guerra com a poderosa Federação Internacional de Futebol (FIFA).
Passou, então, a ser o principal inimigo dos dirigentes esportivos internacionais. Descobriu, entre outras coisas, que as eleições internas são compradas, há manipulação de resultados de jogos e negociatas para a escolha de países-sedes da Copa do Mundo.


Reuniu tudo no livro, recém-lançado no Brasil: Jogo Sujo, o Mundo Secreto da FIFA. “São negócios que fariam corar a máfia italiana”, afirmou Jennings.

Romário – Há quanto tempo você vem investigando a corrupção no esporte?


Andrew Jennings – Eu tenho sido um repórter investigativo há 40 anos e 20 anos atrás eu estava investigando a máfia de Palermo e as suas operações na Europa, Reino Unido e América do Norte. Um dia, durante as filmagens em Palermo, fiquei frente a frente com um mafioso muito irritado, que nos mandou parar de filmar. Esta experiência e entendimento de como as famílias do crime organizado operam foi o treinamento perfeito para o próximo alvo – as federações esportivas internacionais. Eu pensei que este trabalho não iria durar muito tempo. Vinte anos depois ainda estou desenterrando evidências de corrupção – especialmente na FIFA! Não tenho dúvidas de que a FIFA é uma família do crime organizado e que Blatter (presidente da FIFA) mantém a sua influência distribuindo fartamente ingressos da Copa do Mundo.

RomárioPor que está tão interessado em Ricardo Teixeira, na CBF e no envolvimento deles na Copa do Mundo de 2014?

Andrew Jennings – Qualquer fã – ou repórter – tem de estar interessado em quem está hospedando a próxima Copa do Mundo e como os preparativos estão indo. Após a corrupção na África do Sul quando tantos estádios de futebol desnecessários foram construídos – e os lucros que foram para políticos e empreiteiros corruptos – o Brasil, que ainda tem de superar a pobreza, será analisado pelo resto do mundo. Globalmente, não há confiança na CBF. Há também pouca confiança nas demonstrações freqüentes do secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, de que o Brasil não está se preparando rápido o suficiente. Se isso é verdade ou não, de qualquer maneira, observadores internacionais notam a relação calorosa entre Teixeira e Valcke. O Brasil precisa resistir à pressão da FIFA. Estou certo de que nos últimos anos, Blatter prometeu a Teixeira que o brasileiro seria o próximo presidente da Fifa. Mas com os dois envolvidos em tantos escândalos, isso é menos provável.

RomárioQuem é Ricardo Teixeira, no contexto do futebol internacional?

Andrew Jennings – Poucos fãs fora do Brasil não reconheceriam Teixeira na rua. Aqueles que o conhecem veem um homem que se tornou rico e poderoso explorando o futebol brasileiro e a FIFA. As notícias internacionais expõem histórias sobre seu envolvimento em contratos duvidosos da Copa do Mundo.Teixeira está permanentemente envergonhado pelo relatório Dias de 2001 (refere-se ao relatório elaborado pelo senador Álvaro Dias durante a CPI do Futebol), que foi relatado internacionalmente. “Tricky Ricky ‘ o apelido de Ricardo Teixeira, está agora se espalhando ao redor do mundo.

Romário Como o Brasil conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo de 2014?


Andrew Jennings – Blatter, o poderoso chefão da mafia, tem que manter seus Sub-Chefes ao redor do mundo felizes. Ricardo queria sua própria Copa do Mundo para saquear. A melhor maneira de Blatter mantê-lo fiel era deixá-lo organizar a Copa de 2014. Depois que a África do Sul foi roubada em 2000, quando perdeu a sede da Copa do Mundo de 2006 – subornos foram pagos em nome da Alemanha – a África ficou furiosa. Blatter apressadamente introduziu a idéia de girar a Copa do Mundo entre os continentes. Em seguida, a África do Sul conseguiu sediar o evento em 2010 e 2014 foi prometida à América do Sul. Vocês (brasileiros) têm que descobrir que negócios foram feitos secretamente entre Teixeira e o resto dos países que formam o Comnebol.


Romário – Você se refere aos segredos em Zug? O que é essa história?

Andrew Jennings – Este é o grande escândalo da FIFA, maior do que qualquer outro que a instituição já se envolveu. Um verdadeiro espectro que tem assombrado Blatter, Teixeira e João Havelange na última década. Nas duas décadas passadas foram pagos grandes subornos por uma empresa suíça de marketing esportivo em retorno por terem sido concedidos contratos lucrativos para a Copa do Mundo FIFA. Essa empresa, ISL, foi à falência no início de 2001 e os gângsters na FIFA têm tentado desesperadamente, desde então, minar as investigações realizadas por promotores criminais.

Romário – Que tipo de suborno estamos falando?

Andrew Jennings – Sentei em um tribunal suíço em março de 2008 e ouvi um juiz revelar que a ISL havia pago cerca de US$ 100 milhões em subornos para obter os seus contratos. Os repórteres no tribunal ficaram surpresos com o valor. $ 100 milhões em subornos! Esta seria a maior história de corrupção na história da FIFA – e talvez do esporte mundial.

Romário – E as investigações continuaram?

Andrew Jennings – Esse caso tratava como os administradores da ISL tinham se comportado mal. As investigações da polícia continuaram em relação aos subornos e o caso foi resolvido fora do tribunal, no verão do ano passado – o anúncio foi feito durante a Copa do Mundo na África do Sul e teve pouca atenção. A declaração formal do procurador em Zug disse: juiz de instrução Thomas Hildbrand, em agosto de 2008, começou uma investigação sobre alegações de que certos membros do Comitê Executivo da FIFA receberam propina em contratos de marketing. Após cinco anos de investigações os acusados concordaram em pagar CHF 5.5 million e o caso foi encerrado.”

Romário – O que isso significa, em poucas palavras?

Andrew Jennings – Os três alvos da investigação tinham que confessar que sabiam sobre os subornos e que dois deles tinham aceitado propinas. Pagaram uma parte do dinheiro e, assim, garantiram o sigilo de suas identidades. Essa é a maneira suíça judicial de resolução de alguns casos criminais.

Romário – E a história acabou?

Andrew Jennings – Certamente que não. Nosso dever como jornalistas da BBC foi para descobrir quem havia admitido tomar o suborno. Sentimos que o mundo tinha o direito de saber.

Romário – Então o que você fez?

Andrew Jennings – Como todo repórter faz, nós fizemos inquéritos confidenciais na Suíça e soubemos muito mais. Assim, em 23 de maio deste ano eu apresentei um programa Panorama BBC no qual dei o nome do Ricardo Teixeira e do João Havelange como os dois funcionários da FIFA que haviam admitido ter recebido subornos. Eu também denunciei a FIFA – e aqui nós só podemos estar falando de Blatter – admitindo que o dinheiro devido à FIFA, da ISL, tinha sido desviado em subornos.

Romário – Você tem sido justo com Ricardo Teixeira?

Andrew Jennings – É claro. A BBC insiste que qualquer pessoa denunciada em um programa tem tempo suficiente para responder às acusações e nos conceder uma entrevista. Para ambos os programas nos quais citamos Teixeira – novembro do ano passado e maio deste ano – enviamos dois e-mails cada vez, informando-o das nossas alegações e convidando-o a participar do programa para contar o seu lado da história.

Romário – Como ele reagiu?

Andrew Jennings – Ele nunca respondeu. Ele ignorou e não aproveitou a oportunidade para negar qualquer coisa. Ao contrário, ele atacou a BBC e o jornalismo britânico como “corruptos. ‘Isso não é resposta para denúncias tão sérias e graves que estão documentadas. Quais são os documentos que você tem para provar que Teixeira – e Havelange – aceitaram suborno?
Para o nosso programa em novembro do ano passado consegui uma lista de 165 subornos pagos pela ISL a à maioria dos funcionários da FIFA – os US $ 100 milhões. Nós mostramos a lista na TV – destacando os nomes de Teixeira e Havelange. Nós também temos mais evidências de que Teixeira tinha aceitado cerca de US$ 10 milhões por meio de uma empresa chamada Liectenstein Sanud.

Romário – Por que foi tão importante?

Andrew Jennings – No relatório do senador Alvaro Dias, de 2001, sobre a corrupção na CBF, o parlamentar brasileiro identificou esta empresa estrangeira (Sanud) como sendo a fonte de dinheiro que foi para Teixeira. Mas ele não conseguiu descobrir e rastrear onde Sanud conseguiu o dinheiro. Mas nós encontramos – muitas vezes – na lista de propinas pagas pela empresa ISL. Assim, o dinheiro era lavado da Suíça para Liechtenstein e depois para o Brasil. Continua sendo uma decepção que o Ministério Público brasileiro não tenha agido sobre as revelações do relatório apresentado pelo senador Álvaro Dias.

Romário – O que pode acontecer agora?

Andrew Jennings – Investigamos e descobrimos que na lei suíça, é possível obter o relatório secreto da polícia revelando quem recebeu o suborno. Agora temos de convencer um tribunal suíço que é de interesse público a divulgação desta evidência. Isso vai acontecer – há um precedente legal importante.

Romário – O que você está fazendo para provar que Teixeira é um dos que aceitaram suborno?

Andrew Jennings – A BBC e alguns meios de comunicação suíços – e eu acredito que um jornal brasileiro – começaram um processo judicial formal na Suíça. O Ministério Público em Zug diz que está preparado para divulgar as provas, mas ele está sendo contestado pelos homens acusados. Eles (os acusados) estão gastando grandes somas com advogados suíços para argumentar contra a publicação desta informação. Parte do processo é que nos são dadas cópias das razões pelas quais a publicação está sendo bloqueada. Os advogados suíços dizem que seus clientes sofreriam “cobertura negativa da imprensa.” Sua reputação seria “danificado irreparavelmente.” Eles podem até sofrer ‘roubo ou seqüestro. “Estas cartas, judicialmente legais, identificam a FIFA, mas os outros dois homens são chamados de B2 e Z. A partir das descrições dadas temos evidências adicionais de que eles são Ricardo Teixeira e João Havelange.


Romário – Quanto tempo levará para o relatório secreto ser revelado?

Andrew Jennings – Pode demorar até 12 meses. O tribunal de Zug nos apoiou em 24 de maio, e agora os bandidos estão apelando para a próxima esfera. Eventualmente, ele vai acabar no Supremo Tribunal de Lausanne e estamos confiantes de que vamos obter os documentos e os culpados serão expostos.

Romário – Qual é a importância disso? O último suborno foi pago no início de 2001?


Andrew Jennings – As implicações são enormes. FIFA e os dois brasileiros serão expostos como bandidos. O mundo vai aprender que o homem encarregado da Copa de 2014 é corrupto. O dano à reputação do Brasil será imensa.

Romário – O que o Congresso do Brasil e o governo brasileiro devem fazer?

Andrew Jennings – É o momento para a presidente Dilma Rousseff tomar medidas para encerrar este escândalo. Meu conselho é que ela deve chamar Teixeira e dizer: ‘Por favor, venha ao meu escritório – e traga todo o processo que corre na Suíça com você. Eu quero ver esse relatório secreto e toda a correspondência na qual você está tentando bloquear da divulgação da mídia de alguma coisa de que você está sendo acusado de ter feito. “

Romário – E se ele se recusar?

Andrew Jennings – Então ele deve ser despejado rapidamente de qualquer parte da organização de 2014. E deve ir com sua família e aliados. Uma faxina no Comitê Organizador Local. Há uma abundância de talento no Brasil para substituí-los e produzir um grande torneio com o orçamento disponível.

Romário – O que mais pode ser feito?

Andrew Jennings – O Congresso Nacional também deve pedir para ver estes documentos suíços. E o Governo, por meio do Ministério das Relações Exteriores, também deve requerer junto ao governo suíço que os documentos se tornem públicos. É do interesse nacional do Brasil saber o que está acontecendo.

Romário – Ricardo Teixeira afirma que a BBC é controlado pelo governo britânico.

Andrew Jennings – Isso é um absurdo e ele deve saber isso. A BBC é totalmente independente de qualquer governo. Você deve se lembrar que, quando estávamos preparando o nosso programa em novembro do ano passado, o primeiro-ministro britânico David Cameron nos atacou por causa dos danos que poderíamos causar à candidatura dele na Inglaterra. Ele pareceu não compreender que a Inglaterra não pagar subornos, nunca poderíamos vencer.

Romário – Mas Ricardo Teixeira também diz que seus programas na BBC que o identificam como corrupto representam uma vingança porque a Inglaterra perdeu a sede da Copa do Mundo de 2018?

Andrew Jennings – Isso é um absurdo. Fizemos nosso primeiro programa expondo a ISL subornos aos altos funcionários da FIFA em Junho de 2006! O segundo programa, sobre as propinas pagas pela Alemanha, foi exibido em 2007 e o primeiro a identificar Ricardo Teixeira foi transmitido em novembro passado, três dias antes da votação para 2018 e 2022. Nosso dever como livre e independentes jornalistas britânicos foi para avisar o que iria acontecer na votação. E assim foi. E, claro, nós fizemos esses programas para demonstrar para a Inglaterra e para o resto do mundo que a única maneira de ganhar o direito de sediar o torneio é pagar subornos.

Romário – Algo mais a acrescentar?

Andrew Jennings – Adoro visitar meus amigos no Brasil e estou ansioso para um grande torneio no Brasil, em 2014, com o Ricardo Teixeira fora da organização. E que todos os orçamentos sejam públicos – para evitar a corrupção. Assim teremos uma grande festa!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Elitização e frustração



Carlos Lessa - Valor 10/08
Em economia, subentende-se que o acesso de uma pessoa aos bens e serviços materiais depende de sua renda pessoal e da quantidade e qualidade das políticas públicas, desde as estritamente sociais àquelas ligadas à fruição da cidadania.

A forma como se reparte a população por níveis de renda é a aproximação feita pela economia para ilustrar, sinteticamente, as desigualdades de padrão de vida. Entretanto, e mais além do poder de compra da renda pessoal, a qualidade de vida é afetada pelas regras de conviviabilidade e desenho institucional a respeito dos padrões comportamentais da população. O acesso às praias serve de ilustração.

A instituição portuguesa das terras de marinha - propriedade eternamente pública das terras lindeiras a tantas braças do preamar -, transplantada para o Brasil, garante livre acesso à orla marítima. Na Espanha, não houve essa instituição, e nos vizinhos hispano-americanos há a praia vedada, ou seja, aonde é impedido o livre acesso. A possibilidade do banho de mar é, no Brasil, garantida pela ordem jurídica, porém o acesso aos não moradores, vizinhos às praias, pode ser dificultado pela ausência de transporte.

Lembro-me de um governante do Rio de Janeiro que ficou surpreso ao constatar, por uma pesquisa, que seu gesto de estabelecer linhas de ônibus dos subúrbios às praias oceânicas era permanente na memória do povão, e considerado uma prova de respeito. Lembro-me, também, do sucesso da piscinas marítimas (piscinões) na Praia de Ramos e em São Gonçalo. Sei da tristeza dos moradores no interior do bairro da Ilha do Governador, quando associações de moradores dos vizinhos das praias conseguiram impedir a construção de outro piscinão.

Entretanto, com frequência, em vez de melhorar a qualidade de vida do povão, os governantes fazem o contrário. O povo cria um padrão de comportamento inovador, que lhe dá felicidade; gera inveja e interesses pecuniários associados que expulsam o povão ou dificultam a reprodução daquele padrão.

A escola de samba do carnaval abria a possibilidade mágica da transmutação do popular, ao vestir fantasia e desfilar para o público. Com a evolução do negócio do carnaval, a fantasia está longe do homem do povo. Aliás, surgiu o "dono de ala", que se responsabiliza em conseguir algumas dezenas de figurantes e, comercializando o lugar na ala, ganha do candidato uma importância em dinheiro. Agências de turismo vendem lugares a quem jamais sambou, mas quer contar para os amigos - ou futuramente para os netos - que desfilou no Sambódromo.

Existem chefes de alas que contratam com diversas escolas e oferecem um cardápio de fantasias a turistas candidatos. Hoje, o popular que samba depende de ser inserido numa "ala da comunidade", claramente minoritárias entre os milhares de não sambistas desfilantes. Nas arquibancadas, o preço de admissão vai expulsando o popular de baixa renda. A resposta do povo carioca foi prestigiar as escolas fora do Grupo Especial e fazer renascer os blocos de bairros. No carnaval passado, o Cordão do Bola Preta mobilizou 500 mil aderentes.

Agora, está sob ameaça outra das criações apaixonadas do povão brasileiro. A Fifa, com suas regras e o servilismo nacional, está "gentrificando" o futebol. As torcidas vão sendo desapropriadas de seu estilo de torcer. Creio que o povão brasileiro redefiniu, radicalmente, o football. Nelson Rodrigues disse que no football clássico inglês o jogador expulsa a bola, enquanto que no futebol brasileiro, o jogador buscou dominar a bola. Um jogo aristocrático, que apaixonou o nosso povão pois é barata a sua iniciação.

A bola pode ser improvisada, o campo pode ser um terreno baldio e, no limite, até mesmo um declive. As marcas de gol podem ser pedaços de pedra e é autorizado, na pelada de várzea, jogar com pés descalços e organizar o jogo com e sem camisa. A linha de passe aperfeiçoa o domínio da bola. Das micro torcidas locais, a paixão gerou a torcida dos clubes, a adesão irrestrita ao grande time e, nos campeonatos com outros países, a pátria se veste de verde e amarelo. Para minha surpresa, está organizada a Frente Nacional de Torcedores que, no limite, no final de um grande campeonato internacional terá algo como todo o povo brasileiro menos os recém-nascidos e os excêntricos.

O pequeno estádio evoluiu arquitetônica e operacionalmente para os grandes Pacaembu e São Januário, porém quando a Fifa decidiu fazer a Copa do Mundo de 1950 no Brasil foi construído o Maracanã. A partir do fiasco de 16 de julho, o "Maraca" foi consagrado como o templo máximo da paixão brasileira pelo futebol. Seu coração sempre esteve na geral, aonde o povão de fé vivia a sensação de estar unido aos torcedores do seu clube, sendo um só com a multidão, que vibrava a mesma voz. A geral foi mutilada a partir de 2005, com a restrição da Fifa ao torcedor em pé. Com isso foi reduzida a presença na geral, porém o torcedor ficou em cima da cadeira. Agora, sob o argumento de que a Fifa exige proteção climática com sombreamento e evolução para a "climatização"(!), o Rio irá gastar mais de R$ 1 bilhão para reduzir a apenas 76 mil o público que, no passado, chegou a 200 mil pessoas. A elitização pretende converter o templo da paixão em um teatro que apresenta a ópera futebolística. Obviamente, o custo de admissão vai expelir o povão do "Maraca".

A demolição da marquise do Maracanã e sua substituição por uma lona é uma violenta agressão arquitetônica a um totem brasileiro. Por que não utilizar o Engenhão até a recuperação da marquise? Além do domínio da bola, o brasileiro criou a emoção da festa de torcida. Por que uma política pública se dedica a expelir o povão de seu templo e anular um componente de felicidade? À má distribuição de renda pessoal, parece haver um esforço para "vedar" o povão às suas paixões e aumentar as frustrações.

Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa é professor emérito de economia brasileira e ex-reitor da UFRJ. Foi presidente do BNDES

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

30 milhões incinerados num único evento


PEDRO PORFÍRIO - domingo, 31 de julho de 2011.

"Em janeiro de 2011, o Ministério do Esporte apresentou previsão de R$ 5,6 bilhões para 11 sedes, sem o custo do Itaquerão. Em junho, a previsão de gastos já chega a cerca de R$ 7 bilhões. Ou seja, somente o custo dos estádios já triplicou, considerando a previsão inicial de R$ 2 bilhões, em 2007".
Romário, ex-campeão mundial e deputado federal

Trinta milhões de reais no prelúdio extravagante do maior alçapão já montado pelos assaltantes do colarinho branco. Trinta milhões saídos dos cofres da Prefeitura carioca e do Estado do Rio de Janeiro, que mantêm professores e todo o funcionalismo a pão e água, muitos pagando para trabalhar. Que sonegam à população o direito fundamental à educação razoável e à saúde básica, tornando-a presa fácil dos tubarões do ensino e do impiedoso sistema privado de as sistência médica.

Trinta milhões para a exibição de luxo e riqueza, num evento de duas horas, cuja única finalidade era sortear as bolinhas das chaves eliminatórias da Copa do mundo de 2014, tudo segundo o figurino perdulário de uma máfia sem qualquer recato, a máfia multinacional da Fifa. Todo esse dinheiro foi disponibilizado de mão beijada aos esquemas da filha de Ricardo Teixeira, mafioso de carteirinha, que não terá obrigação de nos prestar contas pelo atalho contábil forjado na transferência blindada do dinheiro público a uma entidade privada.

Esse aperitivo faraônico que teve como cenário a Marina da Glória, do todo poderoso Eike Batista, é pinto diante da arquitetura de gastos irresponsáveis concebida para os dois eventos esportivos, que, por coincidência, acontecem em sequência num único embrulho, gerando uma bolha ilusória em dobro, na mesma sem-cerimônia dos comerciais de cerveja que, depois de instigar o consumid or a um porre, termina com um letreiro rápido de “beba com moderação”.

O espetáculo platinado é apenas, como se poderia dizer, a ponta de um iceberg colossal, que nutre a roubalheira de um script sedutor, revestindo com purpurinas cintilantes a rasteira em um povo já acostumado ao “me engana que eu gosto”.

É como se estivéssemos diante de um mau presságio explícito, de um grande golpe anunciado.

Conversas para enganar os trouxas

Diz-se que sediar a copa de futebol e os jogos olímpicos mundiais tem o condão de alavancar a vida econômica do Brasil, aumentar o PIB e, em particular, reposicionar a cidade do Rio de Janeiro no topo das metrópoles endeusadas. Propaga-se, na maior cara de pau, que a farra homérica de 2014 redundará no aumento das nossas exportações em 30%. E muito mais se diz na carrada obscena de engodos mirabolantes.

Por tal, o vale tudo corre solto. Qualquer excesso será compensado pelo orgulho das visitas esperadas, pela centralização das imagens esportivas que chegarão a todos os cantos do mundo, imagens televisivas que, aliás, serão a única forma dos brasileiros verem os espetáculos, a menos que tenham como morrer numa grana preta nos ingressos que terão o custo médio de um salário mínimo.

Não há arcabouço mais adequado para a rapina. Pelas fórmulas engendradas, o assalto acontecerá em nome das exigências supranacionais dos magos da Fifa e do Comitê Olímpico Internacionais. Se não for como querem, o pau come.

Na copa de futebol, primeira parada do trem da alegria dos “sanguessugas” do erário, a extravagância é ampla, geral, e irrestrita. O vale tudo começa pela festa nababesca que custou aos contribuintes o equivalente à construção de 6 escolas públicas para 400 alunos cada, e passa pelo esbanjamento fau stoso com estádios de futebol, pelas renúncias fiscais, envolvimento do BNDES no folguedo e a pela privatização-doação emoldurada dos aeroportos lucrativos.

No caso dos estádios, até a inteligência mais limitada é agredida. No Maracanã, a construtora do amigo íntimo do governador (em sociedade com outras duas empreiteiras) vai faturar 1 bilhão e lá vai picos na terceira reforma em menos de 12 anos. Em São Paulo, o estádio particular da Odebrecht-Coríntias terá só de renúncias fiscais da Prefeitura mais de 420 milhões de reais e ainda receberá uma boa grana do governo do Estado e do BNDES. Só a isenção representa deixar de construir 84 escolas para 33.600 alunos.

Extravagâncias ao gosto dos picaretas

Em Manaus, Brasília e Cuiabá, a extravagância tem os sintomas da insensatez mais tresloucada. Nessas cidades, onde se joga futebol da várzea, o dinheiro público será queimado já se sabendo que os estádios erguidos para quatro ou cinco jogos da Copa não terão mais serventia depois. No Amazonas, clubes como o América estão nos estertores. Enquanto isso, o Serra Dourada de Goiás, onde há tradição de futebol em nível nacional, foi descartado, porque Goiânia, distante 210 km da corte, ficou fora da lista.

No Ceará, um estádio que precisaria apenas de algum trato, foi posto praticamente no chão e deve consumir mais de 600 milhões do contribuinte. Em Pernambuco, nenhum dos três campos tradicionais será remodelado. A arena de lá está sendo construída a 25 km da capital, em São Lourenço da Mata, fora dos eixos naturais de transportes.

Em Minas, a reforma da Mineirão não sairá por menos de 700 milhões. Na Bahia, ao contrário das contas oficiais, a arena da Fonte Nova sairá por 835 milhões, segundo estimati vas da Transparência Brasil.

Em suma, considerando os vícios das obras em nosso país e a participação preponderante do dinheiro público, já se prevê que essas construções somarão mais de 11 bilhões no final das contas.

Comparativos expõem as vísceras da malandragem: aqui mesmo, o Palmeiras desembolsará não mais de 300 milhões na nova Arena Palestra Itália, com 45 mil lugares. Já na Alemanha, dois novos estádios acabam de ser erguidos: a Prefeitura de Mainz, capital do Estado da Renânia-Palatinado, precisou de apenas o equivalente a 140 milhões de reais para seu estádio de 34 mil lugares, incluindo nessa conta 35 milhões para a infraestrutura no seu entorno. Já o estádio do Augsburg, na Bavária, com 25.579 assentos, saiu por menos do equivalente a100 milhões de reais.

África do Sul ficou no prejuízo

Falamos apenas dos gastos com as praças de esporte. Elas representam menos da metade das despesas em nome da copa previstas nas cidades. E o retorno? Ao contrário da Alemanha e Estados Unidos, que não precisaram fazer gastos extraordinários porque já tinha estrutura para os eventos, em termos de futebol o exemplo da África do Sul é referencial.

O país de Mandela gastou US$ 4,9 bilhões em estádios e infraestruturas, que gerariam rendas imediatas de US$ 930 milhões derivadas do afluxo de 450 mil turistas. Quando foi ver, a rede privada de serviços só faturou US$ 527 milhões dos 309 mil turistas que de fato entraram no país no mês da competição. Nas previsões da CBF, a nossa Copa atrairá 500 mil turistas, que gastarão 3 bilhões de reais, ou seja 4 vezes mais do que na África do Sul – um cálculo pra lá de alucinado.

Os estádios com exce ção do Soccer City, de Johannesburgo, usado para jogos de rúgbi e shows, são conservados pela injeção de dinheiro público. A Cidade do Cabo paga US$ 4,5 milhões ao ano pela manutenção da arena de Green Point, erguida ao custo de US$ 650 milhões e usada apenas 12 vezes depois da Copa. Lá já discutem a demolição desse estádio ocioso.

Em se tratando de jogos olímpicos, só se pode falar de ganhos compensatórios mesmo nos de Barcelona, em 1992. Em contraste, o desastre de Atenas, em 2004, é visto como o ponto de partida da crise que levou a Grécia à bancarrota.

Num contexto internacional recheado de dúvidas, com os Estados Unidos na pindaíba e uma dívida colossal de 14 trilhões de dólares, tudo leva a crer que esses eventos vão ajudar a destrambelhar nossas vidas, ao contrário da falácia de quem já começou a engordar as contas com o desperdício do prelúdio luxuriante.

População já disse não aos gastos

Já há uma rejeição explícita das populações a essas farras. Uma pesquisa da Sport+Markt, divulgada há pouco, revelou a insatisfação da cidadania. No Rio de Janeiro, só 14,7% concordam com o uso de dinheiro público nos estádios. No Amazonas, 17%. Entre os que têm opinião formada, na cidade de São Paulo, 60,2% discordam e, no estado, essa rejeição chega a 64,2%. No país, dos que já têm opinião formada 63,7% disseram-se contrários aos gastos com estádios, superfaturados ou não.

No entanto, a onda avassaladora impulsionada pela mídia é capaz de nos encher os olhos de miragens orgásticas. E não é por acaso: a principal fonte de receita da FIFA com a Copa está na venda dos direitos de televisão para a qual há um grande intermediário que compra e revende os direitos para os principais países: a Infront Sports & M idia (ISM), operando através de sua subsidiária HBS (Host Broadcast Services). Há uma expectativa de que as imagens do certame alcançarão uma audiência acumulada de 30 bilhões de telespectadores, um atrativo apetitoso para os grandes anunciantes. É nesse nicho que a Rede Globo já está enturmada, embora tenha feito uma proposta 20% mais baixa do que a Record.

Haja o que houver nas duas competições, vê-se que a mídia é o segmento com maiores interesses e possibilidades de ganhos visíveis.

Daí, o empenho em dourar a pílula, independente do que possa acontecer a este país que não se pode dar ao luxo de jogar dinheiro fora.
O que se faria com o dinheiro gasto na preparação da Copa
O site Planeta Sustentável imaginou o que se gastaria com os 11 bilhões previstos para a Copa (essa previsão já está superada).

R$ 2,1 bi
ONDE Expansão do saneamento.
Para levar água tratada a 2,2 milhões de casas e coleta de lixo a 2,1 milhões - cerca de 20% do déficit de saneamento.

R$ 2,8 bi
ONDE Crédito para casas populares.
Para financiar a construção ou compra de 480 mil casas populares - 6% do déficit habitacional.

R$ 2,8 bi
ONDE Universalização da eletricidade.
Para levar luz a 1,6 milhão de pessoas no campo - 13% da população sem acesso à energia.

R$ 1,4 bi
ONDE Combate ao analfabetismo .
Para ensinar 600 mil jovens e adultos a ler e escrever - o que representa 4% a menos de analfabetos no país.

R$ 1,4 bi
ONDE Bolsa Família.
Para custear o programa por um ano para 1,8 milhão de famílias, que receberiam um auxílio mensal de R$ 62.

R$ 700 mi
ONDE Saúde da Família.
Para levar o programa Saúde da Família a mais 2 milhões de pessoas - superaria a população de Curitiba ou Recife.

Para o torcedor, Brasil-2014 vai ser a 'Copa da corrupção'

Revista Veja

A história das Copas do Mundo ensina que receber o torneio aumenta as chances de vitória da seleção que joga em casa. Nas últimas edições, porém, esse retrospecto vem sendo contrariado - nas últimas três décadas, apenas a França, em 1998, festejou a conquista de um Mundial como país-sede. Outro benefício atribuído à realização de uma Copa é o impulso no crescimento econômico da nação que acolhe a festa. Esse efeito positivo, no entanto, também provoca controvérsia: para muitos economistas, o reforço no PIB no ano do Mundial acaba sendo pulverizado nos anos seguintes, quando os lucros colhidos com o evento desaparecem e sobram apenas as contas deixadas pelas obras monumentais exigidas pela Fifa. Existe, ainda, outro desdobramento comum de uma Copa em casa, algo que causa um impacto mais evidente e imediato, ainda que seja mais difícil de ser mensurado. Trata-se de uma injeção poderosa de confiança e orgulho nacional, que desperta na população um clima de euforia pela chance de desfilar o sucesso de seu país diante do resto do planeta. Depois do oceano de bandeiras tricolores que cobriu a Alemanha em 2006 e do rugido das vuvuzelas que uniu a África do Sul em 2010 (leia mais no quadro no fim do texto), a Copa do Mundo corre o risco de amargar seu anticlímax em 2014 - justamente num lugar fascinado pelo futebol e, segundo consta, especialista em fazer uma grande festa. Se depender das expectativas atuais da torcida, o Mundial do Brasil será uma estrepitosa decepção, talvez até um vexame internacional. Pouca gente se sente satisfeita com a Copa. Menos gente ainda está ansiosa para ver o maior evento esportivo do planeta acontecer em seu próprio país.

A pouco menos de três anos para o início do Mundial, o site de VEJA recorreu a seus leitores para medir a percepção da torcida sobre 2014. Numa pesquisa de opinião realizada entre os dias 20 e 25 de julho, 1.879 pessoas de todas as regiões do país responderam a doze perguntas a respeito da Copa. Os leitores foram consultados sobre os preparativos do país, sobre o papel do poder público no evento, sobre as sensações provocadas pela realização do torneio e, claro, sobre as chances da seleção brasileira. O cenário desenhado pelos resultados da sondagem é absolutamente desastroso. Em todas as doze questões propostas, a opinião majoritária sempre foi negativa. Ainda mais alarmante para a Fifa, a CBF e o governo - os responsáveis pela escolha do país como sede, pela organização da Copa e pela realização das principais obras - é a dimensão desse pessimismo. Em nenhuma questão incluída na pesquisa há equilíbrio entre as respostas positivas e negativas. As piores opções possíveis foram assinaladas por uma sólida maioria dos participantes da sondagem. As amplas margens que separam os porcentuais favoráveis e desfavoráveis do levantamento não deixam dúvidas: hoje, a Copa do Mundo de 2014 não empolga nem cativa o torcedor, desperta temores sobre a imagem do brasileiro no exterior e provoca insatisfação por causa do gasto excessivo e pouco inteligente de dinheiro público nas obras. A 34 meses da abertura, marcada para 12 de junho, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, ainda há tempo de sobra para que essas opiniões se amenizem - principalmente se as obras enfim começarem a avançar de verdade. É de se esperar, aliás, que o brasileiro se anime um pouco mais quando o clima da Copa começar a ser sentido. Até agora, entretanto, o Mundial é um fiasco, reportagem completa aqui.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Uau! Ronaldo na revista Barrigas!

De férias em Ibiza. Barriga tanquinho. Tanquinho de guerra! Parece a bunda da Valesca Popozuda! Rarará!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta: "Presidente do Banco Central é homenageado pela Aeronáutica". Por conta dos juros nas alturas?! Rarará!
E olha essa placa no supermercado: "Rabo salgado, R$ 7,99". Esqueceram-se de escrever embaixo: não recomendado para hipertensos! E um amigo meu de Londrina foi pro supermercado, e a funcionária: "O senhor encontrou tudo o que queria?". "Encontrei até o que não queria." "O quê?" "A minha ex-mulher!" Rarará! E continua a maldição dos 27 anos. Manchete do Twiteiro: "Perícia comprova: Keith Richards também morreu aos 27". E o Ozzy Osbourne também. Só que eles não sabem! Rarará!
E o calote do Obama? E a crise americana? A CRAISE! Agora é tudo globalizado: você solta um pum em Minnesota e derruba a Bolsa de Kuala Lumpur! O Obama vai pedir dinheiro pro Tio Patinhas.
A crise tá tão grande que, na hora de assinar a moratória, o Obama gritou: "Alguém me empresta uma Bic?". Rarará! E a situação americana tá tão ruim que já tem americano fugindo pra Cuba. Deram ré na balsa. Americanos fogem pra Cuba! Essa crise americana tá como um amigo meu: comeu um porco, bebeu um uiscão e teve um infarto! E eu já defini a situação socioeconômica dos americanos: todo galo tem seu dia de canja!
Gornaldo Fofômeno Urgente! Vocês viram o barrigão do Ronalducho na capa da "Caras"? De férias em Ibiza. Barriga tanquinho. Tanquinho de guerra! Parece a bunda da Valesca Popozuda! Rarará!
E outra do Twiteiro: "De férias em Ibiza, Ronaldo vira destaque da revista Barrigas". Largar o futebol é fácil, o dificil é largar a lasanha e o chopão.
E diz que a Dilma vai fazer a foto oficial. E vai gastar R$ 14 mil no book fotográfico. E aí um cara postou no meu Twitter: R$ 13 mil deles só no Photoshop!
E um outro me disse que a Dilma está assinando tantas demissões que, se não tomar cuidado, vai acabar assinando a demissão dela própria. Demissão é comigo mesmo. Assino! Rarará!
E o Ministério dos Transportes mudou aquela placa "Homem na pista". Agora é "Mulher na pista". Dilma na pista! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

simao@uol.com.br

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Mariana Pettersen e a corrida como paixão



Seu sonho é participar de maratonas e meias maratonas em cidades como Nova York, Paris, Londres, Barcelona, Amsterdã, Boston, Chicago e Sidney, entre outras. Mariana: “o clima das corridas é super alto astral e capaz de contagiar qualquer um, e é por isso que eu gosto de participar dessas competições.”

Rionet
No próximo dia 31, Mariana Adas Pettersen estará completando cinco anos trabalhando no Banco Central. Solteira e sem filhos, ela sempre praticou esportes, mas somente começou a correr em 2001, quando entrou na faculdade, ocasião em que passou a frequentar uma academia.
“Quando percebi já estava viciada.” – diz. Parece genético, pois sua mãe também corre, e Mariana só corria para manter o condicionamento, até ser convidada pela mãe para, juntas, participarem de uma prova. Desde então, ela não quis saber de outra coisa. Há uns quatro anos atrás, ela mudou radicalmente a alimentação, passando a comer alimentos mais saudáveis, excluindo do cardápio refrigerantes e frituras. Com essa mudança, o seu desempenho nas corridas melhorou bastante.
Atualmente, faz musculação, alongamento e spinning, e corre pelo menos quatro vezes por semana, num total de 60 quilômetros. “Mas nas semanas de mais volume, chego a fazer 85km. Três treinos são na academia e um treino, normalmente o longão, na rua.” – complementa.
Ano passado, a atleta subiu ao pódio três vezes. Em maio, ficou em quarto lugar no ‘X-Terra Teresópolis 6km’. Em junho, conseguiu o terceiro lugar no desafio do Rio de 30 km, no Aterro do Flamengo, e na ‘Track & Field Barra Shopping’, fez seu melhor tempo nos 10 km, 45min:12seg – ficando em quarto lugar.
Ainda neste ano Mariana reconhece que melhorou seus tempos em todas as distâncias, especialmente as mais longas (16 km, 21 km e 42 km). Suas provas mais importantes em 2011 foram as meias maratonas de Berlin e da Ponte Rio–Niterói, e a Maratona do Rio.
A do Rio foi a sua segunda maratona, e, como ela não ficou muito satisfeita com o seu desempenho no ano passado, resolveu se dedicar mais durante este ano e, desta vez, quase tudo deu certo. Só o calor, segundo ela, atrapalhou, mas de resto, tudo correu como planejado, conseguindo diminuir seu tempo em quase 30 minutos e finalizando a prova em 3h:48min:21s. Esse resultado deixou-a muito feliz, embora ela confesse que ficou com a sensação de seu tempo poderia ser ainda mais baixo se o seu desempenho não tivesse caído a partir de Copacabana (km 35).
“A maratona é uma prova bastante difícil que necessita de muita dedicação e treinamento. A prova do Rio de Janeiro não foi fácil, devido às duas subidas nos km 22 e 27 que minam o corredor, sem falar no calor que a cada minuto ficava mais intenso. Por outro lado, é uma das provas mais bonitas do mundo. – diz Mariana –, para quem uma das coisas mais legais que a corrida pode proporcionar é a chance de se conhecer as mais diversas pessoas e os lugares mais interessantes do mundo.
“Vou tentar pegar mais leve neste segundo semestre”, diz ela, que vai fazer a Fila Night e a Track & Field, ambas com 10 km. A atleta espera conseguir vaga em alguma equipe para correr o desafio de 600 km da Nike (São Paulo–Rio de Janeiro) . “Aí eu vou encarar.” – promete.
Para 2012, está em seus planos participar de uma maratona fora do Brasil, preferencialmente em Amsterdã. Além disso, ela pretende correr 2 meias maratonas, uma na Disney e outra em Milão.
E continua: “o clima das corridas é super alto astral e capaz de contagiar qualquer um, e é por isso que eu gosto de participar dessas competições. Além disso, eu sonho fazer maratonas e meias maratonas nas cidades mais importantes do mundo, como Nova York, Paris, Londres, Barcelona, Amsterdã, Boston, Chicago, Sidney, entre outras. Afinal, é uma maneira de juntar o útil ao agradável, ou seja, eu corro e ainda conheço lugares diferentes. Eu recomendo.” – finaliza.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Thaís e a batalha para superar limites



RIONET - 21/07/2011






A Maratona Caixa Cidade do Rio de Janeiro foi disputada na manhã do último domingo, 17, com largada na Praça Tim Maia, no Recreio dos Bandeirantes, e chegada no Aterro do Flamengo. A competição foi válida pela oitava etapa do Ranking Caixa/CBAt de Corredores de Rua de 2011 e pelos Jogos Mundiais Militares. Alguns servidores do Banco Central no Rio de Janeiro estiveram na disputa, entre eles a colega do Deban Thaís Porto Ferreira Rodrigues.

Do concurso de 2002, Thaís corre há pouco mais de dois anos. Casada e mãe de uma menina, foi a primeira vez que ela participou da Maratona do Rio.
Segundo a atleta, durante cerca de 32 quilômetros a corrida foi muito prazerosa. “Um dia lindo, um cenário lindo e uma galera com uma energia muito boa”. Para ela, a brincadeira começou a perder a graça no quilômetro 32, e a partir do quilômetro 36 o corpo já dava sinais claros de exaustão. “Os seis quilômetro finais foram na raça; ainda bem que contei com a ajuda de um grande amigo, que correu ao meu lado” – reconhece.
“Essa é a hora de superar os seus limites. Ao atravessar a linha de chegada, chorei muito, feliz por ter realizado esse sonho não muito antigo, mas pelo qual eu precisei batalhar muito”, conta. Os 42 quilômetros do percurso Thaís fez no tempo de 4h19m10s, e foi classificada na 174ª colocação, entre as mulheres.
Além de corrida, ela também faz musculação e, para manter a forma, diz que procura se alimentar de três em três horas, além de evitar “comer besteiras” durante a semana.
Na segunda-feira, dia seguinte ao da corrida, Thaís sentia dores nas pernas, “mas eu estava muito feliz por ter vencido esse desafio”, conclui orgulhosa.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Agora quem dá bola é o Santos

O Santos é o novo campeão da Libertadores.
O glorioso alvinegro praiano, “o maior time de bairro do mundo, o time da Vila Belmiro” disse o santista José Roberto Torero certa vez.
Outro santista ilustre é o colega Juan, do BC São Paulo, que não deve estar cabendo em si de tanta alegria.
Agora é aguardar a decisão do título mundial no fim do ano entre o nosso Barcelona e o outro.

acoelhofFortaleza

segunda-feira, 20 de junho de 2011

JOGO SUJO

Aos brasileiros que fazem papel de otários ao torcer para a seleção brasileira, reforçando cada vez mais o poder de Ricardo Teixeira, e acreditar que a copa de 2014 ajudará no desenvolvimento do país vale a pena ver os links abaixo e ter a noção dos fatos que envolvem esse mafioso e seu comparsa André Sanchez, digo, André Sem chances. Paguem para ver para onde vai a conta dessa tremenda gastança. Alerta: deixem próximo um saco plástico ou balde para o caso de vomitarem.

http://jovempan.uol.com.br/esportes/futebolinternacional/2011/06/especialista-detalha-esquemas-de-corrupcao-da-fifa.html

http://jovempan.uol.com.br/videos/crticas-ao-incentivo-de-r420-mi-ao-corinthians-57978,1,0

http://www.youtube.com/watch?v=2aXxi5UC-_Y

nicolau_assali@hotmail.com para starnet